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LÁZARO E O RICO

17-Jun-2023

By: Toni Campos

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Lucas: 19 Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.20 Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;21 e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.22 Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.23 No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.24 Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.26 E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.27 Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,28 porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.29 Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.30 Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.31 Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.

Essa é uma história bíblica bem conhecida e até mostrada em forma de novela por algumas redes televisivas, mostra a existência de um local de descanso antecedendo a Nova Jerusalém e um lugar de tormento antecedendo o inferno. Mas a questão é que dentro desses versículos existem muitas informações que vão além de uma simples história contada por Jesus, vamos entendê-la:

1) Essa passagem veio logo após Jesus falar sobre vários outros assuntos aos discípulos mas, esta em especial, é a primeira que fala da existência de dois planos espirituais (v.23, 26);

2) Esta passagem mostra também que as tribulações não tem consequências após a morte e que há oportunidades, quando em vida, para se mostrar compaixão e amor ao próximo,bem como usar o dinheiro ganho com objetivos mais altos além de melhorar seu nível social (v.25);

3) Mostra também que pessoas nascem com propósitos e as aparências físicas não importam e sim as espirituais (v. 30, 31). Vamos entender isso, uma pessoa não fica rica ou pobre achando que foi por esforço próprio.

Jesus diz no versículo 25 “...Lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males...” Os dois receberam uma proporção igual, um de bem outro de mal e, necessariamente, não quer dizer que um era bom e o outro mal. Mas o fato de terem “recebido” significa que não foi algo ganho por trabaho mas sim sem qualquer ação do gênero, um teve oportunidades e o outro não.

Lázaro praticamente dormia na calçada, vamos assim dizer, do rico provavelmente sabendo de sua riqueza e esperando por sua generosidade pois na sua situação com certeza não conseguiria trabalho e não sabemos a fundo mais sobre sua vida para dizer com certeza como chegou a essa situação. Mas nos tempos de hoje podemos reparar muitas coincidências com muitos moradores de rua, não é verdade?

É certo que o rico teve várias oportunidades de fazer algo por Lázaro e, ao que parece, não aproveitou nenhuma delas. É natural que pessoas que não lutaram pelo seu sustento não costumem observar aqueles que estão em situação de pobreza, então pode se dizer que a maioria dos ricos de berço não se importem com as classes menos favorecidas pois não conviveram com elas.

Seguindo, os dois ao morrerem se acharam em locais diferentes, um no inferno e o outro no paraíso que está separado por um grande abismo, ou espaço, mas que claramente os dois lados se enxergam.

Outra curiosidade é que as pessoas se reconhecem, o rico viu Lázaro e o reconheceu imediatamente, lembrem-se que Jesus ao ressuscitar foi reconhecido imediatamente por várias pessoas que o viram mas não por todos pois sua aparência física não era como a nossa, foi alterada mas não no aspecto a ponto de ser identificado por quem o visse.

Entendemos que Deus, Jesus e o Espírito Santo são a mesma pessoa e não três (trindade) leia Jo.1:1,14 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”

• Quem falava com os profetas? Deus na forma espiritual, ou seja, o Verbo.

• O Verbo estava com Deus, não significa ao lado mas dentro, fazia parte.

• E o Verbo era Deus, se o Verbo era Deus é claro Deus era o Verbo.

• E o Verbo se fez carne, se o verbo se fez carne significa se transformou em ser vivente, em forma de algo, na forma humana, em Jesus que habitou entre nós nos ensinando verdades.

Lido e entendido isto, podemos afirmar que não existe Trindade, ou seja, três entes diferentes mas sim um ente manifestado em três formas diferentes.

• Como unigênito, ou seja, assim como não nasceu de forma natural, foi moldado (Gn.2:7), lembrando que Adão já existia mas na forma espiritual, igual ao Verbo, na imagem e na semelhança (Gn.1:26), mas agora haveria uma nova criação sendo Jesus tipificando uma nova criatura que uniria corpo (homem), espírito(Verbo) e alma (a ligação dos dois), um Deus na terra entre o Seu povo como no Tabernáculo mas agora visivelmente presente.

Isto explicado, é na forma de Jesus que o rico assim o via e assim pediu para mandar Lázaro de volta para falar com seus irmãos. Mas note agora algo especial, não há volta após a morte. A Palavra já havia sido deixada aqui para os vivos (v.29) e não há uma segunda volta para ter oportunidade de arrependimento e, mesmo que isso acontecesse não surtiria efeito (v.31)

Está aí claro que ressuscitação é um ato definitivo não acontece mais de uma vez, temos notícia que haverá mais uma, a de Moisés que junto com Elias, os quais não temos notícias da morte de ambos, virão pregar na tribulação para os judeus que haverão de crêr, como os gentios, e aí sim morrerem como todos nós fisicamente e ressuscitarmos todos para irmos à Nova Jerusalém, mas essa é uma outra história.

Lázaro, assim como muitas pessoas hoje, passam a vida aqui na Terra em sofrimento diário quase perpétuo e não entendemos a razão ou o motivo de tanta tribulação. Mas, como na narrativa, algo bem melhor está esperando por essas pessoas do outro lado da vida. Assim como aqueles que tem tanto e não dividem nada, não generalizando em ambos os casos.

O certo é que todos os cristãos precisam entender que a vontade de Deus é soberana, e que nada acontece no mundo sem a Sua permissão ou a Sua intervenção.

E, dessa forma, como barros que somos não questionamos o oleiro apenas sejamos úteis para aquilo que fomos moldados a ser.

Gostaram? Dúvidas? Entrem em contato é o maior prazer dividir opiniões.

Um outro tema que aborda este assunto é a dos "Eleitos e Predestinados" de que tanto lemos nas epístolas de Paulo e que fará o leitor entender literalmente esta narrativa de Jesus... Clique aqui.

"Graça e Paz"

Toni Campos

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