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A HISTÓRIA DE LIA

17-Jun-2023

By: Toni Campos

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Certo dia ouvi o relato de uma pregação de um pastor sobre a esposa de Jacó, Lia.

Desde então fiquei com essa história na mente por conta de alguns princípios de Deus que espero conseguir compartilhar com o leitor a partir de agora.

Vamos começar por Abraão que já idoso chamou um de seus servos e lhe deu a incumbência de encontrar uma esposa para seu filho Isaque e este servo deveria procurar essa mulher dentre aqueles que pertencessem à parentes ou família de Abraão em sua terra natal.

Podemos notar a preocupação de Abraão em não misturar seus descendentes com os demais povos pois tais adoravam vários ídolos que não a Deus. Dessa forma ele tinha a certeza de que Deus continuaria abençoando seu filho assim como foi abençoado por Deus tendo de tudo e nada lhe faltando, foi riquíssimo pela sua fidelidade.

A fé de Abraão o tornou o Pai da Fé, relembrando o episódio onde Deus solicitou que ele sacrificasse seu filho, o filho da promessa quando ele já havia passado dos cem anos, e que ele tanto amava, o único filho que teve com Sara.

Lembrando que naquele tempo os demais povos sacrificavam crianças aos seus deuses e, com Deus pedindo esse mesmo sacrifício, poderia Abraão ter imaginado que diferença havia entre Deus e os outros deuses. Mas Abraão permaneceu confiante e sempre dizendo ao seu filho Isaque que lhe perguntava no caminho sobre o que iriam sacrificar se estavam de mãos vazias e lhe respondia:-" Deus proverá!" E assim foi, Deus proveu e mostrou a diferença e o que Ele faz com aqueles que confiam em suas promessas.

Voltando, note-se também o costume de Abraão antes de tomar ou fazer qualquer ação, orou antes do seu servo seguir à procura da esposa para seu filho Isaque o que foi espelho para o servo que antes de iniciar sua jornada também orou pedindo a Deus sucesso e colocou diante de Deus algumas dicas para que ele não errasse nessa escolha e trouxesse a mulher certa.
Vale lembrar que a escolha errada poderia ter colocado um fim na promessa de Deus a Abraão de que dele descenderiam muitas nações.

Um servo deve sempre procurar agradar ao seu senhor e fazer de tudo para não decepcioná-lo e também estar atento a sinais que o orientem a atender da melhor forma possível uma atividade ou serviço solicitado. Isso nos traz aos dias de hoje onde tudo está informatizado e as decisões sendo tomadas segundo a segundo e não se para saber se o que se está fazendo está correto e/ou da forma que deveria ser feita. A falta de oração e de se pedir orientação a Deus tem levado muitas pessoas à ruína.

Todos os sinais que o servo pediu foram confirmados quando viu Rebeca teve certeza de que essa era a escolhida pois os sinais foram dados por Deus e em Deus não há como errar. Rebeca era filha de Betuel, que era filho de Naor, irmão de Abraão, portanto da parentela pela qual o servo deveria procurar.

Pensem em quantos pais e mães fazem coisas em suas casas e/ou com seus filhos ou mesmo permitem que façam o que querem sem orientá-los, conscientes ou não, das consequências de seus atos e de suas responsabilidades por conta de suas atitudes.

Jacó, seguindo as ordens de seu pai, foi se refugiar nas terras de Labão que sabendo que era filho de sua irmã e de quem era parente, o acolheu de braços abertos já vislumbrando aumentar suas posses visto ser um homem ambicioso como poderão verificar na sua conduta quando Jacó se apaixonando por uma das suas filhas, Raquel, que para desposá-la se ofereceu a trabalhar para Labão e este lhe propôs sete anos como prazo para concedê-la.

Passados os sete anos Jacó foi junto a Labão cobrar o trato feito e este deu uma festa em comemoração. Ocorre que Labão aproveitou-se da situação e sendo que Jacó, como em toda festa regada ao vinho, estava pouco lucido lhe enviou sua filha Lia à sua tenda nupcial.

Como é de costume Lia foi ornamentada e com o usual véu fez com que Jacó não percebesse a diferença e a tomou como esposa. Ao amanhecer e percebendo que fora enganado foi ter com Labão que lhe apresentou a desculpa que não era o costume da tribo oferecer a mais nova em casamento antes da mais velha e Jacó não teve como contra argumentar e foi convencido por Labão a trabalhar por mais sete anos pela filha mais nova Raquel.

Mesmo hoje acordos entre cristãos podem levar a acontecimentos parecidos, isso tem levado muitos ministérios à ruína e levantado muitas discussões entre irmãos e membros de igrejas;

Lia era a filha mais velha de Labão, relata-se que era mulher com olhos baços, ou seja, apresentava olhos cansados. Ela sofria porque tinha um pai enganador e sem princípios, tinha uma irmã que a desprezava e um marido que não a amava. E o seu sofrimento aumentou quando Raquel casou-se com seu esposo Jacó, mas Deus tinha seus planos, enquanto Lia era fértil, Raquel era estéril.

Lia deu à luz filhos a Jacó pois o amava mesmo sendo desprezada por ele, e a cada filho que nascia ela imaginava que Jacó a olharia de outra forma mas Jacó amava mais a Raquel.

Isso pode ser notado pelo que ela dizia após o nascimento de cada filho. Assim foi com o nascimento de Rúben quando ela diz:-"O Senhor atendeu à minha aflição"; com Simeão disse:-"Soube o Senhor que eu era preterida e me deu mais este."; com Levi disse:-"Agora, desta vez, se unirá mais a mim meu marido, porque lhe dei à luz três filhos."; e com Judá, nome pelo qual ficou conhecido o povo judeu profetizado em Gn 48:6, disse:-"Esta vez louvarei o Senhor" e então parou de conceber.

Embora Lia houvesse concebido uma filha chamada Diná, na época, só eram contados os filhos homens.

Podemos ver que enquanto Lia se preocupava apenas em agradar seu marido Jacó lhe dando filhos, para ser notada pelo mesmo, as palavras dela não eram de agradecimento por tê-los gerado mas apenas filosóficas e intencionais deixando claro qual era o objetivo ao tê-los.

Ela sabia da esterilidade de Raquel e deveria ser grata a Deus por sua fertilidade mas ao invés disso usava os filhos para atrair a atenção do marido e fazer inveja à irmã.

Até que um dia, percebendo o que Deus havia feito por ela, mudou seu jeito de viver e passou a adorar a Deus e isso a faz dizer o que disse quando do nascimento de Judá “Esta vez louvarei o Senhor” (Gn.29:35).

Nossa vida não deve ser para agradar homens e sim a Deus, muitos casamentos não prosperam porque Deus é colocado em segundo plano. Hoje os casamentos perderam o propósito definido por Deus e visam apenas aparências, posses, necessidades físicas, sentimentos, tudo menos amor.

Esse amor, que deve ser dado primeiro a Deus, irá fazer com que Ele torne essa união, união que eu falo é entre um homem e uma mulher, se torne duradoura para o bem daqueles que O amam verdadeiramente acarretando bênçãos para os filhos e filhos dos filhos, ou seja, de geração em geração.

Raquel, vendo que sua irmã era fértil e ela estéril, ofereceu sua serva a Jacó para que esta lhe concebesse um filho e, desta relação, nasceu Dã que Raquel tomou como seu.

Vale lembrar que, assim como Sara fez com Abraão, era costume os servos não terem direitos e tudo que possuíssem, inclusive filhos eram de propriedade de seus senhores e estes faziam o que bem entendessem deles.

Dessa mesma serva veio ainda a nascer Naftali e, a partir dai, começou uma disputa entre as irmãs pois Lia também ofereceu sua serva a Jacó, pois havia parado de conceber, pela qual nasceu Gade e também Aser.

Essa disputa chegou, em certo momento, ao ponto de Raquel oferecer Jacó a Lia em troca de algumas frutas que, segundo consta, tornavam as mulheres férteis e Deus, e não as frutas, permitiu a Lia conceber mais uma vez e assim nasceu Issacar e também Zebulon.

Deus permitiu a Raquel ter filhos e dela nasceram a José e a Benjamin pelos quais Jacó tinha um amor especial pois eram filhos da mulher que ele amava.

Nesse tempo Jacó, abençoado por Deus, enriqueceu e tornou à terra de seus pais e durante este retorno houve uma situação em que Labão perseguiu a Jacó por achar que este o havia roubado e estava fugindo.

O que quero chamar a atenção neste fato é que Labão ao alcançar a comitiva de Jacó começou a revistar seus pertences e consta o relato de que Raquel havia tomado para si ídolos do altar e ao perceber que estavam revistando a todos ela os escondeu na sela de um camelo e Labão não conseguiu encontrar.

Essa posição de Raquel, bem como a negociação que fez com Lia, mostra um pouco de como era o caráter dela.

Vejamos agora o que Lia, e também Raquel, tem a nos ensinar após todos esses acontecimentos e que vale para nos lembrar as consequências de não termos uma vida segundo a que Deus nos ensinou a viver.
Comecemos vendo todos os filhos de Jacó, os quais temos:

- De Lia nasceram:

RÚBEN, que Raquel tomou como filho, coabitou com Bila (sua mãe) a concubina de Jacó, ou seja, pertencia ao pai e não podia ser violada assim se dizendo;

SIMEÃO E LEVI, que vingaram a irmã Diná que foi violentada e, por isso, mataram o violentador;

JUDÁ, que não conviveu com seus irmãos após salvar a José quando os irmãos o quiseram matar e por cuja descendência veio Jesus e seu nome perpetuou como são conhecidos hoje os filhos de Israel, ou seja, os judeus. (Gn.48:6)

Vale aqui uma obesrvação, Judá por não conviver com os irmãos não se contaminou com as mazelas e loucuras deles e, como o pai, levou uma vida de adoração a Deus genuína.

ISSACAR, que era preguiçoso;

ZEBULON, um empreendedor.

- Das servas Bila e Zilpa nasceram:

DÃ, NAFTALI, GADE E ASER, apesar de filhos de servas tiveram herança entre as tribos como filhos de Jacó.

- De Raquel nasceram;

JOSÉ, que foi vendido, e BENJAMIN , que José no futuro usou para testar seus irmãos.

Uma curiosidade é que as doze tribos de Israel teriam o nome de dez filhos de Jacó. As outras duas tribos restantes receberam os nomes dos filhos de Yossef (José) , Efraim e Manassés que foram abençoados por Jacó como seus próprios filhos.


Os nomes das tribos são: Rúben, Simeão, Judá, Issacar, Zebulom, Efraim, Manasses, Benjamim, Dan, Aser, Gade e Naftali. Sendo que Deus separou a tribo de Levi (os levitas) para o sacerdócio ao invés dos primogênitos das outras tribos e deixou de ser contada bem como de receber herança, também José não foi contado mas Jacó adotou os filhos dele como sendo seus e passaram a fazer parte da herança também, restando assim doze tribos.



Jacó, e também Moisés, profetizaram sobre a vida de seus filhos:

Profetizou Jacó:

Rúben, Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porque subiste ao leito de teu pai e o profanaste; subiste à minha cama.

Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência. No seu conselho, não entre minha alma; com o seu agrupamento, minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua vontade perversa jarretaram touros. Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; dividi-los-ei (os filhos de Levi foram separados para o sacerdócio) em Jacó e os espalharei em Israel.

Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão estará sobre a cerviz de teus inimigos; os filhos de teu pai se inclinarão a ti. Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta, à videira mais excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em sangue de uvas. Os seus olhos serão cintilantes de vinho, e os dentes, brancos de leite.

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MICHELLE M C KOCH

Adorei o assunto. Nunca tinha ouvido nessa perspectiva. Gostaria que contasse a história de Leia que é negligênciada pelos pastores por Rebeca, mas tem uma história linda. Léia amava Jacó, lhe deu muitos filhos, mas Jacó amava sua irmã, que era bela. Deus a ensinou a ama-Lo primeiro. Acho a história linda.....

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