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PEDRAS QUE FALAM...Parte IV
17-Jun-2023
By: Biblia em Bytes
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- Dominação Romana
Existe pouca informação quanto a Jerusalém durante os primeiros anos da ocupação romana, exceto o fato de os judeus terem, ocasionalmente, permissão para orar entre os escombros do Monte do Templo. No ano de 132 d C., o imperador Adriano anunciou seus planos para a reconstrução da cidade, mudando seu nome para Aelia Capitolina. A comunidade judia, sob a liderança de Bar Kochba e Rabi Akiva, deu início à malfadada revolta judia contra Roma. Após um período de conflito, Bar Kochba e seus seguidores foram derrotados e Adriano retornou a seu plano de construir a nova cidade romana. A rua principal, Cardo, com barracas de mercado, começava no Portão Damascus, indo até a estrada leste-oeste, chamada Decamanus. O fórum e a quadra abrigavam divindades romanas. A população judia, proibida até mesmo de visitar o interior dos muros de Jerusalém, estabeleceu novas fortalezas em Yavneh e na Galiléia. Os romanos tentaram apagar a rebelde nação judia do mapa. Mudaram o nome oficial da região, de Judéia para Palestina, que lembrava as tribos filistéias expulsas fazia muito tempo. É claro que o povo judeu nunca aceitou a tentativa romana de erradicar seu nome do mapa, sempre chamando a região de Eretz Israel. Quando Julius César foi assassinado, em 44 a C., Octavius, de 19 anos, neto da irmã de Julius César, foi rapidamente da Grécia para Roma, a fim de reivindicar sua herança como cabeça do Império Romano.
Depois de algumas batalhas ele passou a reinar, e reinou durante 45 anos. O suicídio de Marco Antonio e Cleópatra, rainha do Egito, deixou Octavius em ótima posição no domínio Romano. Deram-lhe o título de honra de Augustus. Foi nesse período que Jesus nasceu e cresceu numa das províncias romanas, tempo esse que foi como uma era de ouro. Augustus restituiu ao Senado Romano alguma dignidade, da que lhe fora roubada por Julius César. Tentou trazer de volta a antiga religião romana, reconstruindo templos e revivendo rituais antigos. Esforçou-se por soerguer os padrões morais da família. A literatura e a arte floresceram. Ovídio (Ars Amoris), Virgílio e Horácio escreveram sobre essas virtudes levantadas por Augustus. Após sua morte, em 14 d C., seu filho adotivo, Tibério, o sucedeu.
Depois veio Gaio, conhecido como Calígula, em 41 d C., a seguir Cláudio e finalmente Nero. Mesmo após o incêndio que deixou ilesas tão somente quatro regiões da cidade, ele construiu a Domus Aurea, um vasto complexo de edifícios, com cerca de 125 acres. Nero suicidou-se em 68 d C., após uma revolta no seu exército. Foi nesse tempo que os apóstolos Pedro e Paulo atuaram.
"Como se acha solitária aquela cidade, dantes tão populosa! Tornou-se como viúva; a que foi grande entre as nações, e princesa entre as províncias, tornou-se tributária!" Lm 1.1
4 D C Morte de Herodes | 70 D C Destruição do Templo | 132-135 D C Revolta de Bar Kochba | 200 D C Judah HaNasi compila o Mishnal | 328 D C Conquista Bizantina |
- Período Bizantino
Constantino, filho de Constantinus e Helena, foi promovido a César sob o reinado de Maximiano, em 293 d. C. Posteriormente, Constantino se casou com Fausta, filha de Maximiano, quando veio a dominar toda a metade do Império, na parte noroeste. A parte leste estava sob o controle de Liticinius. Eles se encontraram em Milão e fizeram um acordo político de liberdade de adoração aos cristãos e restauração de todos os bens confiscados. O edito veio a ser conhecido como o "Edito de Milão", de grande importância para os cristãos, pois estabeleceu o cristianismo como religião oficial do império. Por que Constantino deu esse passo?
Alguns afirmam que foi por influência de sua mãe Helena; outros, que foi uma ferramenta política, já que Constantino se mostrava muito forte na época. Seguindo a rebelião de Bar Kochba, a presença dos judeus em Jerusalém dependia da boa vontade dos diferentes conquistadores que estariam no comando. Em 326 d. C. o Cristianismo se tornou a religião oficial do então Santo Império Romano. Muitas igrejas foram construídas. A importância de Jerusalém como centro cristão foi temporariamente interrompida pelo Imperador Juliano, que se voltou para a antiga religião grega. Sua ordem de reconstrução do Templo, em 363 d. C., trouxe esperança aos judeus, mas foi eliminada no ano seguinte, ao ser ele morto numa batalha. Nos anos que se seguiram os muros da cidade foram reconstruídos, e um novo programa de reconstrução foi iniciado.
Uma imagem da cidade é preservada no mapa de Madaba, do século VI. O aspecto que mais chamava a atenção era o Cardo, a rua principal que ligava o Portão de Damasco à área do Portão de Sião. Proeminentemente nessa rota estavam as igrejas do Santo Sepulcro, e a nova igreja, Nea. A área do Monte de Templo permanecia deserta. Os judeus estavam proibidos de visitar este local, tão sagrado. Foi nessa época que surgiu a idéia da Jerusalém Espiritual, para a tão dispersa nação judia. A cidade não poderia ser fisicamente tocada, no entanto judeus pelo mundo afora poderiam sonhar em retornar a Jerusalém e orar diante do Monte do Templo, situado a milhares de milhas
Desse período em diante, qualquer casamento testemunharia a centralização de Jerusalém, pois a tradição de o noivo quebrar um copo com o pé significava lembrar a destruição do Templo. A cada Páscoa os judeus culminariam o Cedro tendo esperança para o próximo ano em Jerusalém! Três vezes por dia os judeus olhavam em direção ao leste, quando oravam, voltando o rosto para a terra de Israel, a terra espiritual judia. Quer estivessem em Portugal, no Paquistão, na Pensilvânia, África do Sul, ou Dakota do Sul, oravam por chuva ou tempo seco, de acordo com as necessidades climáticas de Israel. E suplicavam, ansiando pela volta à independência judia em sua terra natal: "Que possamos ver o misericordioso retorno a Sião!"
328 D C Constantina e Helena em Jerusalém | 363 D C Término do Talmude de Jerusalém | 614 D C Conquista persa de Jerusalém | 638 D C Omar Conquista Jerusalém |
- Conquista Muçulmana
Logo após a conquista muçulmana, em 638 d. C., o califa Omar veio a Jerusalém e imediatamente iniciou a renovação da cidade, começando com o entulho que sujava o Monte do Templo. De acordo com a tradição local, Omar atirou sua bolsa cheia de moedas de ouro nos escombros que cobriam o Monte Moriá. Os pobres e necessitados cuidavam de limpar o lugar, tendo as moedas como recompensa. Omar rededicou a área como um local de adoração muçulmana. Seu filho Abdel-Malik venerou a memória do pai num memorial construído sobre a rocha da lenda (a pedra da fundação, o local onde Isaque fora oferecido como sacrifício, o ponto onde o Templo tinha permanecido), o Domo da Rocha em 691 d.C.
Continuando a dinastia, El-Walid construiu a mesquita de Al-Aksa, em 701 d.C., que se tornou o terceiro santuário mais sagrado do Islã. Os muçulmanos chamavam a plataforma do Templo inteiro por um novo nome, Haram el-Shariff (santuário nobre). Esses muçulmanos fizeram muita coisa para melhorar a cidade de Jerusalém: seus muros foram reparados, e a vida em geral retornou à normalidade. A comunidade judia cada vez mais voltou a morar na cidade, construiu sinagogas e centros de estudo
Quando o califa Omar visitou Jerusalém, logo após a conquista perguntou aos judeus: Em que parte da cidade vocês gostariam de morar? Eles responderam: Na parte sul. Era o mercado dos judeus. Sua intenção era estar perto do Templo e seus portões, bem como das águas do Siloam, para seus banhos rituais. O emir dos fiéis lhes concedeu isso.
"A comunidade judia uma vez mais floresceu, e os judeus estavam entre aqueles que guardavam os muros de pedra. Em troca eles foram empregados para limpar a área de Haram, de lixo. Existe também evidência de que outros judeus fizeram o vidro e os pavios para as lamparinas, e que essas eram as ocupações tradicionais dos judeus do século VIII em diante" (Mujir al-Din, História de Jerusalém e Hebrom).
638 D C Conquista Muçulmana | 750 D C Lei Abbasid | 900 D C Estabelecimento do Karaite em Jerusalém | 969 D C Lei Fatimids | 1099 D C Conquista dos Cruzados |
- Reino latino de Jerusalém
Respondendo ao chamado do Papa para libertar a Terra Santa das mãos dos infiéis, os cruzados sitiaram Jerusalém durante um mês, no verão de 1099. Guiados pelos cavalheiros franceses e alemães, tomaram a cidade pelo Norte. Os muçulmanos e os judeus eram considerados pagãos pelos cruzados cristãos, e eram mortos, caso - na hora - não se tornassem cristãos. Os cruzados restabeleceram Jerusalém como cidade cristã. Mapas desse período retratam-na como centro do mundo. No entanto, nem todos eles estavam entusiasmados com o idealismo da sua missão. Muitos eram desajustados e criminosos, que seguiam os cavaleiros levados pela esperança de ganhar fama, fortuna e aventura. Muitas igrejas e mosteiros foram construídos nos locais que de alguma forma estavam conectados com a vida de Jesus e de seus discípulos. No final do reino dos cruzados em Jerusalém, bairros foram estabelecidos para as comunidades latinas, armênias e sírias, enquanto muçulmanos e judeus, em grande número, eram impedidos de nela viver.
1099 Reinado latino em Jerusalém | 1167 Benjamim de Tudela | 1187 Salahadin conquista Jerusalém |
- Jerusalém - Centro da Religião
JUDAÍSMO | CRISTIANISMO | ISLAMISMO |
2000 A C Promessa de Deus a Abraão | 30 D C Ministério de Jesus | 632 A C Maomé - Meca - Medina |
1250 A C Moisés / Dez mandamentos / Torá | 135 D C Igreja muda-se Jerusalém para Antioquia | 638 A C Omar em Jerusalém |
1200 - 1020 A C Período dos juízes | 328 D C Conquista Bizantina - construção do santo sepulcro | 691 - 701 D C Saladino restaura Islã |
1000 A C Primeiro período do Templo | 1099 D C Reino latino em Jerusalém | |
922 - 587 A C Período dos Profetas | Século 19 Estabelecimento de igrejas européias | |
586 A C Destruição do Templo | ||
540 A C Segundo período do Templo | ||
70 D C Destruição do Segundo Templo - dispersão dos judeus | Oração - Cinco vezes por dia - Caridade e observação dos festivais | |
Princípios básicos religiosos: Crer em um Deus | Princípios básicos religiosos: Crer em um Deus | Princípios básicos religiosos: Crer em um Deus |
Sábado: o dia de descanso - aceitação da Bíblia e escritos proféticos; Talmude | Domingo: o dia de descanso - Novo Testamento sagrado; Jesus como Messias - acreditar na ressurreição | Sexta-feira: dia de descanso Alcorão é seu livro central - Maomé é o profeta de Deus |
Conceito de todo Israel - Um povo observador do Shabbat Kashrut (leis alimentícias) e Brit Milah (circuncisão) | Santa Jerusalém - local da última semana de Jesus | Conceito de Haj - Peregrinação sagrada a Meca. Meca, Medina e Jerusalém -Cidades sagradas |
- Retorno dos Mulçumanos
No ano de 1187, Jerusalém já não estava nas mãos dos cruzados. Os muçulmanos, liderados pelo general árabe Saladino, recapturaram a cidade. Foi quando estes governaram Jerusalém que o rabino Moshe bem Nachman (Nachmanides) se mudou para lá e estabeleceu a sinagoga Ramban, hoje bairro judeu. Uma réplica da carta que ele enviou a seu filho está hoje em exposição na sinagoga Ramban. "Encontramos somente dois judeus, irmãos, tintureiros, uma casa em ruínas com pilares em mármore e um lindo domo que julgamos ser uma sinagoga (...) Fomos á cidade de Sechem para trazer de lá os Pergaminhos da Lei, que antes se encontravam em Jerusalém, e haviam sido roubados pelos tártaros. Construímos uma sinagoga, e nela oraremos". Vieram então os mamelucos, ex-escravos que à força se haviam convertido ao islamismo. Como acontece freqüentemente, eles eram mais zelosos com a identificação de sua religião do que os muçulmanos haviam sido com sua fé. Os mamelucos pouca atenção prestavam às estruturas políticas e de defesa de que Jerusalém necessitava. Em vez disso, construíram edifícios religiosos (madrassas), que demonstravam seu amor pelo Islã. A evidência da bela arquitetura mameluca pode ser vista abundantemente na área do Shuk (bazar, mercado) e no Monte do Templo. Na história dos judeus, 1492 marca sua expulsão da Espanha, pelo Rei Ferdinando e a rainha Isabel, que enviou Colombo à sua famosa missão ao novo mundo. Muitos judeus que foram forçados a deixar o lar foram para Jerusalém.
O rabino Ovadia de Bartinora (1450-1510) manteve registros de sua viagem por Jerusalém. Ele descreveu uma cena de desolação e pobreza, com as famílias judias estabelecidas na cidade, aparentemente sem meios de sustento material. No entanto de algum modo - talvez por sua força espiritual - os judeus se prenderam tenazmente à vida de sua querida cidade sagrada. O rabino Ovadia também se estabeleceu em Jerusalém, apesar de todos os perigos e dificuldades, e sua liderança carismática inspirou o aliyah (imigração) de muitos judeus, da Espanha e de Portugal (Sephardim).
1250 O governo mameluco em Jerusalém | 1267 Moshe bem Nachman Ramban | 1488 Rabi Ovadia Bartinora | 1517 Império Otomano |
- O império otomano
Muitos governantes estrangeiros conquistaram e perderam Jerusalém. Em 1517 os turcos tomaram posse da cidade, e a Palestina e Jerusalém se tornaram parte do Império Otomano (muçulmano turco).
Suleiman, o Magnífico, Sultão do Império Otomano, ordenou, em 1538, que os muros de Jerusalém fossem reconstruídos. Com um ponto de vista diferente dos mamelucos, que se dedicavam à construção de estruturas religiosas, Suleiman percebeu que a construção de um muro em torno de Jerusalém criaria uma defesa adequada à sua recente conquista.
Os engenheiros de Suleiman, na intenção de agradar o sultão e terminar logo o enorme trabalho, deixaram de fora o canto sudeste da antiga cidade - o Monte Sião -, fora dos muros. Em razão de sua displicência, os engenheiros foram decapitados, e enterrados em duas sepulturas no Portão de Jafa.
1500 Misticismo centrado em Safad | 1600 Judeus se estabelecem em Tiberíades | 1625 1500 Judeus em Jerusalém | 1700 Imigração Européia |
Os turcos aderiram ao conceito islâmico de considerar os judeus cidadãos de Segunda classe. Eles eram chamados de "Dhima" e só eram tolerados por serem considerados "povo do Livro", compartilhando a crença monoteísta do Islã. Eles não confiavam nos judeus, e os perseguiam, em razão de sua rejeição a Maomé e seus ensinamentos. As sinagogas, por lei, não poderiam ser mais altas que as mesquitas da cidade. Os judeus tinham que usar um emblema especial. Seu testemunho na corte não tinha valor algum, se fosse contra um muçulmano.
Até hoje existe o status de "Dhima" em alguns países árabes.
1801 Vilna Gaone em Jerusalém | 1840 Gabinete do rabino-chefe estabelecido pelos turcos | 1881 Eliezer Bem Yehuda, fundador do novo hebraico se estabelece em Jerusalém | 1897 Primeiro congresso sionista |
- Século 18 em diante
"Parece que todas as raças e cores e línguas da Terra devem ser representadas entre as catorze mil almas que vivem em Jerusalém. Superabundam trapos, desolação, pobreza e sujeira, sinais e símbolos que indicam a presença de liderança muçulmana, mais do que a própria bandeira". Mark Twain, Os inocentes no exterior.
Em 1860, os judeus começaram a passar para fora dos muros de Jerusalém. O governo turco Otamano deu início a muitas reformas civis, que proporcionaram aos judeus uma sensação cada vez maior de status e liberdade. Quando o rico filantropista inglês Sir Moses Montefiore contemplou a construção de Mishkenot Sha'ananim (Residências Tranquilas), fora dos muros da cidade, muitos dos residentes do bairro judeu concordaram em relocar. Não há dúvidas que Sir Moses lhes deu "gratificações" financeiras por suas corajosas atitudes modernas.
Sem os muros da cidade para protegê-los, os colonos de Jerusalém voltavam à noite às suas moradias dentro dos muros. O eventual sucesso de Mishkenot Sha'ananim levou a uma maior expansão para fora do muro. O estabelecimento de Mea hearim (cem medidas) em 1875 foi típico do que se transformou em êxodo de tipos. Iemenitas, húngaros e outros grupos comunitários se mudaram para fora dos muros à medida que Jerusalém se expandia para o norte e para oeste. O retrato de Jerusalém começou a mudar no final de 1880, com o influxo de poderes europeus que abriram consulados. Com sua política segura, os peregrinos cristãos, bem como os judeus, se estabeleceram na cidade. O caráter de Jerusalém foi realçado pela construção de vários prédios públicos. O Hospício Italiano e a Igreja Russa, ambos construídos nessa época, refletem o estilo arquitetônico trazido à cidade por grupos novos.
- Mandato Britânico
Na virada do século, o Império Otomano começou a desmoronar. A população de Jerusalém foi engolida pela primeira e Segunda Aliyah da Europa e milhares de judeus do Iemen. Muitos se estabeleceram na parte oeste da cidade. A primeira guerra mundial trouxe o fim para a lei otomana. O general Allenby entrou na cidade Velha pelo Portão de Jafa para assumir o controle de Jerusalém, para os britânicos. Sob o governo britânico, os serviços aumentaram e bairros com jardins, como Rehavia, foram reestruturados. Talbiah, as colônias gregas e alemãs e Romena se desenvolveram, e sedes municipais foram centralizadas na nova prefeitura, na Estrada de Jafa. Em 1917, a Declaração Balfour levou a população local e os judeus do mundo inteiro a acreditar que a Terceira comunidade Judia estava pronta.
Este documento, uma carta de Lorde Balfour ao Dr. Chaim Waizman (posteriormente primeiro presidente de Israel), falava sobre a intenção do governo britânico de estabelecer um local na Palestina onde os judeus pudessem viver. No entanto, quando tumultos aconteceram em Jerusalém e em outras cidades, entre 1929 e 1936, o governo britânico deu início a um programa de reconciliação com os árabes. O infame White Paper (1939) limitava a imigração judia à Palestina. A sua publicação, na época em que Hitler aumentou sua perseguição ao povo judeu europeu, foi um tempo negro para os judeus em Jerusalém.
Ano | Judeus | Muçulmanos | Cristãos |
1800 | 2.000 | - | - |
1840 | 7.000 | 5.000 | 3.300 |
1860 | 10.000 | 7.000 | 5.000 |
1882 | 14.000 | 7.500 | 7.500 |
1900 | 30.000 | 7.000 | 10.000 |
1917 | 45.000 | 10.000 | 15.000 |
1931 | 51.000 | 19.500 | 19.500 |
1948 | 100.000 | 40.000 |
- Segunda guerra mundial
Muitos sobreviventes, com cicatrizes profundas e desolados com suas experiências nos campos de concentração, estavam determinados a construir uma nova vida com os judeus. Muitos deles se mudaram para a Palestina, apesar das restrições para a entrada dos britânicos, e se tornaram os pioneiros da Israel moderna, fundando Kibbutzim e cidades e criando uma conscientização judia de coragem e independência. Eles se uniram à recém formada força de defesa de Israel e ajudam na luta que levou a fundação do que é hoje o moderno estado de Israel, em 15 e maio de 1948 (5 lyar, 5708).
Depois da guerra da independência, a velha cidade de Jerusalém estava sob o controle jordaniano. Muitos imigrantes novos vindos de países orientais incharam a população de Jerusalém. Novos projetos de casas populares foram realizados em Katamom e Shmuel HaNavi para absorver o número cada vez maior de imigrantes. Com a cidade dividida, muitos ex-residentes do bairro judeu se estabeleceram em subúrbios ao norte e a oeste, e este se tornaram parte de Jerusalém.
1917 Declaração de Balfour | 1939 White Paper Mundial | 1939-1945 Segunda Guerra | 1947 Plano de Partição | 1948 Guerra da Independência |
- Guerra dos seis dias
"Motta estava encostado contra um dos muros, sentindo como se houvesse retornado a casa, a meta de suas aspirações. Nomes da história lhe rodam no pensamento. O Monte do Templo, Monte Moriá, Abraão e Isaque, o Templo, os Macabeus, Bar Kochba, romanos, gregos. Nós no Monte do Templo. O Templo é nosso." O portão do Leão, reproduzido no Muro Ocidental, Meir Bem Dov. A Guerra dos Seis dias, em junho de 1967, restaurou a Israel a velha cidade de Jerusalém. A cidade capital, que fora dividida durante 19 anos, estava unida. Na euforia que se seguiu à libertação de Jerusalém, milhares de pessoas foram ao Monte do Templo, a Kotel, para ver tocar e agradecer junto ao Muro, que se tornou o centro nacional, cultural e religioso do Estado de Israel e do povo judeu pelo mundo afora. Um avião contendo um grupo de brasileiros que realizava um tour pelo oriente, Seul, Egito, Israel, chegara à Jerusalém na 5ª feira. No Sábado, que é o Sabbath, em meio a ruas tranqüilas, de repente toca a sirene de alarme, avisando que a Guerra havia começado.
- Jerusalém no futuro
Com a reunificação de Jerusalém, mais terra ficou disponível para a expansão da cidade. Novos bairros residenciais com estilos arquitetônicos únicos começaram a surgir em Jerusalém: Ramor, French Hill, Gilo e NveYaacov foram estabelecidos como um cinturão de segurança, assegurando a integridade de Jerusalém. Os nomes das ruas de algumas dessas áreas lembram a coragem nas batalhas da Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967. Depois de 1967 Jerusalém continua a crescer e a desenvolver-se. A população dobrou e os novos bairros estão completos. Grandes parques, boulevards e áreas públicas muito bem cuidadas compõem hoje o retrato de Jerusalém, uma cidade moderna e próspera. Jerusalém é uma cidade de contrastes, o novo e o velho girando em cima de 4.000 anos de história. Ela é a cidade eterna, nas encruzilhadas do mundo, ansiosamente contemplando o futuro.

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