Éden

Um jardim entre concretos

Um conto literário

Adão acordou com o som de notificações. O sol entrava tímido pelas cortinas do loft, refletindo nas telas que o cercavam: celular, notebook, assistente virtual.

Eva já estava de pé, regando uma pequena horta improvisada na varanda. O cheiro de manjericão misturava-se ao aroma do café recém-passado.

Eles não sabiam de onde vinham, mas sabiam que estavam juntos. E isso bastava.

No início, tudo parecia perfeito. O mundo moderno oferecia conforto, velocidade, acesso. Mas com o tempo, algo começou a se perder.

Eva passou a medir sua beleza pelos filtros das redes sociais.

Adão se comparava aos homens de sucesso que apareciam em vídeos motivacionais. A serpente, agora invisível, sussurrava através de algoritmos: “Se vocês seguirem este caminho, serão como deuses.”

Eles clicaram. Compraram. Postaram. E se afastaram.

A intimidade deu lugar à performance. A presença foi substituída por curtidas. Até que, em uma noite silenciosa, Eva chorou diante do espelho.

Adão, do outro lado do quarto, sentiu um vazio que nem mil seguidores poderiam preencher.

Foi então que decidiram desconectar. Caminharam até um parque urbano, onde uma árvore solitária resistia ao concreto. Sentaram-se sob sua sombra.

Não havia Wi-Fi, mas havia silêncio. E no silêncio, reencontraram Deus.

Ali, sob aquela árvore, prometeram recomeçar. Não como influenciadores, mas como cuidadores. Plantaram uma horta comunitária.

Ajudaram vizinhos. Compartilharam tempo, não apenas conteúdo.

Multiplicaram compaixão. Cultivaram presença.

E o Éden, que parecia perdido, começou a brotar — não no solo, mas no coração.

Fonte: (Bíblia; IA Copilot)

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"Graça e Paz!"
Toni Campos