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ISRAEL
A Aliança de Deus e a Igreja
17-Jun-2023
By: Biblia em Bytes
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O Oriente Médio, Israel, Egito, o Líder Palestino, Hafez-al-Assad, Yasser Arafat,
Arábia Saudita, Kuwait, Saddam Hussein, Líbano, Síria, Cisjordânia, Netanyahu...
são nomes que nós ouvimos nos noticiários todos os dias. Como interpretamos
o que temos ouvido? Geralmente, a informação sem um conhecimento mínimo necessário
para interpretá-lo, traz confusão ou geral desinteresse. Quando nós nos sentimos
mal, a quem procuramos? Nós não vamos a uma loja de sapatos, pois ali nada poderão
fazer por nós! Devemos ir a quem possa realmente nos ajudar, ou seja, iremos
a uma médico! O mesmo se dá com a Palavra! Quando quisermos interpretá-la de
forma correta, precisamos conhecer e entender o que os judeus entendem da palavra,
pois ela foi dada primeiramente à eles! Por isso, para aqueles que desejam obedecer
a Bíblia é importante entender o que está acontecendo com Israel e com todos
aqueles que de certa forma desempenham um papel importante no cenário do Oriente
Médio hoje, como participantes do desenrolar das profecias bíblicas. Quando
paramos para pensar em Israel hoje em comparação a Israel no tempo da Bíblia,
várias perguntas nos vêm a mente:
* O Estado de Israel hoje, e Israel no tempo da Bíblia - é a mesma terra?
* É correta a afirmação dos Árabes/Palestinos, de que Israel de hoje não é o Israel da Bíblia?
* Porque Deus escolheu esta terra e a chama de "Sua terra"?
* Porque Ele escolheu os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó para morar nesta terra, bem como a deu a eles em aliança?
* Essa aliança foi feita para sempre?
Como cristãos, devíamos estar procurando respostas para estas perguntas, pois
há uma relação entre nós, a Bíblia, Israel e o povo judeu. Em Efésios 2:11-13,
Paulo diz: "em Jesus Cristo nós, gentios, somos feitos participantes de todas
as promessas de Deus... somos feitos participantes da comunidade de Israel,
das suas promessas e esperança".
O cumprimento da lei e dos profetas da Bíblia Hebraica (Velho Testamento) estão
na vida, morte e ressurreição de Jesus. Nossa salvação traz consigo a aceitação
do Deus de Israel, bem como da herança e das raízes da história do povo Judeu,
o povo escolhido de Deus... e a terra de Israel.
Para interpretarmos os fatos do presente e do futuro, precisamos de conhecimento
bíblico e histórico do passado.
É importante compreendermos:
* A terra de Israel é o interessante lugar que ela ocupa em relação às nações;
* A terra em relação ao povo que Deus escolheu para ocupá-la e porque ocupá-la;
* O papel do povo judeu na história - os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.
Com essas informações, estaremos capacitados a nos situar biblicamente em relação a
Israel e o Oriente Médio.
Para sabermos se Israel hoje está localizado no mesmo lugar do Israel no tempo
da Bíblia, temos que buscar as descrições bíblica. De que "terra" estamos falando?
Em Gn 15:18 nos foram dadas algumas dimensões: "O Senhor fez uma aliança com
Abraão, dizendo: dei essa terra para os seus descendentes, do rio do Egito até
o grande rio Eufrates."
Mais especificamente, Gênesis 17:8 afirma "toda a terra de Canaã". Em Exodo
3:8 Deus fala a Moisés no deserto e diz: "Por isso desci para livrá-los das
mãos dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra para uma terra espaçosa,
para uma terra que mana leite e mel - o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu,
do ferezeu, do heveu e do jebuseu."
Essa descrição compreende Israel hoje, mais parte do oeste da Jordânia, oeste da
Síria e a maior parte do Líbano.
Em Exodo 3:8 ela é descrita como: "uma terra que mana leite e mel", e em Ezequiel
20:6 nós lemos "...uma terra que mana leite e mel e é a glória de todas as terras."
Com a expressão "leite e mel" Deus estava descrevendo uma terra que poderia
sustentar animais que produziriam leite e onde cresceriam árvores frutíferas
para as abelhas. Na Bíblia Hebraica, mel poderia se referir também ao que nós
chamamos hoje de geléia de frutas, o que confirmaria a idéias de árvores frutíferas.
Uma terra que mana leite e mel numa região desértica, podemos considerar como
sendo uma preciosa promessa do Senhor.
Com o termo "glória das nações" Deus queria dizer que Israel seria líder entre
as nações, não só espiritualmente, mas que também refletiria as nações do mundo
temporariamente em seu solo, flora e fauna.
Israel é pequeno (241 x 80 km), mas é abençoado pelo clima, solo e sua privilegiada
localização na terra, tornando possível encontrar vegetação e animais de quatro
diferentes zonas ecológicas - África, Ásia, Mediterrâneo e Euro-Sibéria, pois
essas quatro zonas fazem limite com Israel.
Israel tem montanhas elevadas, desertos, florestas, pântanos, litoral, bem como
o lugar mais baixo da terra (-400m). Tem verão e inverno intensos, frutas tropicais,
verduras e legumes. Na verdade, em Jerusalém você pode cultivar maçãs e laranjas,
uma fruta de clima frio e outra de clima tropical no mesmo pomar! Em Israel
há o dobro de espécies de plantas do que em seu vizinho, o Egito, o qual possui
o rico Delta do Nilo. Pássaros vêm de longe passar períodos em Israel, tanto
da África do Sul como da Islândia. Israel também é visitado pelo lobo da longínqua
Sibéria no extremo norte e pelo leopardo da África, no sul.
Verdadeiramente, Israel não é somente a glória das nações no sentido espiritual, mas também no físico.
Mais do que isso, é muito importante entender que Deus possui a terra. Levítico
25:23 afirma: "A terra não será vendida perpetuamente, porque a terra é minha,
e vós estais comigo como estrangeiros e peregrinos". Deus possui a escritura
da terra. Da mesma forma que nós transferimos o título de domínio de um carro
ou de uma casa que nós possuímos, Deus escolheu transferir o título de sua terra
a Israel, para um povo particular para sempre.
Deus escolheu um homem, Abraão, para possuir a Sua Terra, Israel, porque Ele
tinha um plano: a redenção do mundo.
A aproximadamente 4.000 anos atrás, Deus chamou um homem chamado Abrão para
uma tarefa especial. Ele era originalmente de Ur dos Caldeus (perto da Basra,
no Iraque hoje), estava morando em Harã, sul da Turquia hoje, quando Deus o
chamou. Quando ele tinha 75 anos Deus falou com ele: "Saia do seu país, deixe
a sua parentela e a casa de seu pai, para uma terra que eu te mostrarei. Farei
de ti uma grande nação, e te abençoarei e te engrandecerei o nome, e tu serás
uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem;
e em ti serão benditas todas as famílias da terras" (Gn 12:1-3).
Abrão, sua esposa estéril Sarai e seu sobrinho Ló, saíram de Harã para Canaã,
onde Deus disse a ele: "Levanta agora os teus olhos e olha desde o lugar onde
estas, para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente. Toda esta
terra que vês, hei de dar a ti, e a tua descendência para sempre. Farei a tua
descendência como o pó da terra, de modo que se alguém puder contar o pó da
terra, também a tua descendência será contada. Levanta-se, percorre a terra,
no seu comprimento e na sua largura, pois eu a darei a ti" (Gn 13:14-17).
Depois de dez anos de espera pelo filho da promessa em Canaã, Abrão e Sarai
se tornaram impacientes. Sarai ofereceu sua serva Hagar para Abrão e eles tiveram
um filho chamado Ismael. Porém, esse não era o filho que Deus havia prometido.
Finalmente, quatorze anos depois (24 anos depois que eles chegaram em Canaã),
Deus falou com Abrão sobre Sua promessa. Foi então quando Deus mudou o nome
de Abrão para Abraão (pai duma multidão), e o de Sarai para Sara (princiesa)
que Deus começou a cumprir Sua promessa. Em Gênesis 17:7-8 Deus diz: "Estabelecerei
a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações,
como aliança perpétua, para ser o teu Deus, e a tua descendência depois de ti.
Darei a ti e a tua descendência depois de ti a terra das tuas peregrinações,
toda a terra de Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu Deus." Esse texto
confirma que a aliança de Deus seria perpétua e incondicional, não seria temporária.
Nessa época Abrão tinha 99 anos e Sara tinha 90 anos e continuava estéril. Por
causa disso, ele entendeu que Ismael, que era seu filho, seria o filho da promessa.
Em Gênesis 17:18 Abraão disse a Deus: "Oxalá viva Ismael diante de ti".
Esse não era o plano de Deus, o qual Ele explicou: Ismael não era o filho da
promessa e Sara realmente teria um filho: Isaque é que seria o herdeiro, teria
as promessas e o título da terra. Para que Abraão não tivesse dúvida, Deus disse:
"Na verdade, Sara tua mulher te dará um filho e lhe porás o nome de Isaque;
com ele estabelecerei a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência
depois dele" (Gn 17:19).
Como ficaria Ismael? Ele também não é filho de Abraão? Sim, mas não o filho da promessa.
Quanto a isto Deus disse: "E quanto a Ismael, também te tenho ouvido: certamente
o abençoarei; fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei grandíssimamente. Doze príncipes
gerará, e dele farei uma grande nação. A minha aliança, porém, estabelecerei
com Isaque, que Sara te dará neste mesmo tempo, daqui a um ano". (Gn 17:20-21).
Isaque recebeu a bênção da aliança e não Ismael. Isso nos traz para a atualidade
porque, a pergunta no momento é: "Quem na verdade tem direito de possuir a Terra
de Israel - os Árabes ou os Judeus"? Deus prometeu abençoar Ismael e seus descendentes,
mas não com a terra de Canaã, a qual Deus passou o direito de posse para os
descendentes de Abraão via Isaque.
Esse é um ponto crítico, pois muitos Árabes reivindicam o direito sobre a terra
de Israel como descendentes de Abraão através da linhagem de Ismael! Como descendentes
de Abraão através de Ismael estava previsto que eles recebessem muitas bênção
prometidas, mas NÃO a terra de Israel. Esta foi reservada aos descendentes de
Abraão, Isaque e Jacó.
Sabemos que Abraão teve outros filhos os quais também NÃO receberam o direito
sobre a terra de Canaã. Em Gênesis 25:1-6 lemos que os outros filhos de Abraão
receberam presentes e foram enviados para as terras do Oriente: "Abraão deu
tudo o que possuía a Isaque. Mas aos filhos das concubinas que tinha, deu Abraão
presentes e, ainda em vida, separou-os do seu filho Isaque, enviando-os ao Oriente".
Jacó, o filho prometido: Mais tarde, Isaque teve dois filhos, Jacó e Esaú, e
nós podemos ver Deus fazendo uma promessa similar para Jacó. Em Gn 35:11-12,
Deus disse a Jacó: "Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te.
Uma nação, sim, uma multidão de nações sairão de ti, e reis procederão dos teus
lombos. E te darei a terra que dei a Abraão e a Isaque, a ti a darei; também
à tua descendência, depois de ti, a darei".
Como ficaria Esaú? Em Gênesis 36:6-9, lemos que Esaú pegou sua família e saiu
de Canaã, para longe de Jacó. Isso porque Jacó era tão rico que aquela terra
não era suficiente para sustentar todos os seus animais. Ele se mudou para Edom,
do outro lado do Mar Morto, sul da Jordânia hoje. Considerando a aliança de
Deus e a história, a terra de Israel biblicamente pertence aos Judeus, aos descendentes
de Abraão, Isaque e Jacó.
Mas, será que os Árabes foram enganados? Deus disse que os abençoaria e hoje
existem 21 países Árabes soberanos e apenas UM estado Judeu. Se somarmos a área
de todos os países Árabes do mundo verificamos que eles possuem uma área que
é 650 vezes maios do que Israel. Em outras palavras, Israel é do tamanho da
metade do estado do Espírito Santo. Entretanto, os países Árabes possuem uma
área que é seis bilhões de metros quadrados maior do que o Brasil somado a mais
uma vez a área do estado do Amazonas, em contraste com o estado do Espírito
Santo, sem contar que eles praticamente têm o controle do suprimento de petróleo
nas mãos. Bem, os Árabes não foram enganados pelo fato de os judeus terem retornado
para a terra que é deles desde os tempos antigos, Israel.
Havia uma razão importante para Deus estabelecer alianças com um povo escolhido
em uma terra que Ele separou para esse povo.
Veja que, Deus escolheu um lugar específico, Israel, e um povo específico, os
descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, para um propósito específico.
O povo Judeu foi escolhido:
1) - Para testemunhar que Deus é único no meio de toda a idolatria do mundo.
2) - Para mostrar às nações a bênção que é servir ao Deus verdadeiro.
3) - Para receber, preservar e transmitir as Escrituras (64 dos 66 livros da Bíblia foram escritos por judeus).
4) - Pare serem a ligação humana (elo histórico) para a vinda do Messias, o Salvador do mundo.
A terra foi escolhida por uma razão. Como é dito nas propagandas: localização,
localização, localização. Apesar de pequena em tamanho, a terra de Israel está
estrategicamente situada bem no meio das grandes e importantes rotas do mundo
antigo - entre os grandes impérios da Assíria e da Babilônia no norte e o Egito
ao sul. Uma das melhores descrições para Israel seria "A Terra-Sanduíche" (uma
terra entre as outras). Isso era exatamente o que Deus queria para o Seu povo.
Israel é praticamente um eixo, como a dobradiça de uma porta, entre grandes
regiões do mundo antigo. Quem quer que fosse, que controlasse a terra de Israel,
poderia exercer grande influência no mundo. É por isso que conquistar Israel
era, e ainda é, um objetivo estratégico para nações que querem controlar o Oriente
Médio. Porém, esse pedaço de terra não está à disposição para ser apossada,
pois, Deus tinha e ainda tem um plano para ela.
Deus colocou Seu povo escolhido num lugar precário, exatamente onde Ele os queria,
para um propósito específico. Em tempos de guerra ou em tempos de paz, a mensagem
de Deus será exposta ao mundo. Por que? Deus poderia tê-los levado para longe
do deserto do Oriente Médio e ter criado um outro Jardim do Éden para eles.
Lá eles poderiam ser aquecidos pela glória e provisão de Deus, removidos dos
conflitos do mundo. Na verdade, fora do deserto onde nenhum viajante pudesse
notá-los, até que chegassem neste século, quando nossos satélites finalmente
os fotografassem de cima. Bem, Deus tinha outros planos.
1) - A localização estratégica da terra criaria pressões especiais. Podemos
dizer que essas pressões seriam "o território de Deus para provar a fé." Nessa
terra haveria muita pressão e muitas provações. Mas, através dessas provações,
com tudo desfavorável aos israelitas, Deus mostrou seu poder miraculoso ao sustentá-los
e abençoá-los, mesmo diante de situações tão difíceis. Isso fez com que as pessoas
parassem e os notassem.
2) - O fato de toda a comunicação, negócios e até os exércitos daquele tempo,
terem que passar por esta terra; a história do relacionamento do homem através
do Seu povo escolhido se espalharia por todo o mundo.
O povo de Israel foi escolhido para ser o testemunho vivo de Deus através de
suas vidas e de suas mensagens.
Em tempos de paz, os viajantes poderiam ver e ouvir a mensagem de Deus e levá-la ao mundo.
Em tempos de guerra, Deus mostrou seu poder miraculoso ao defendê-los. Esta mensagem
também foi espalhada pelo mundo. Por exemplo, o Rei Senaqueribe da Assíria invadiu
Judá em 720 a.C., quando ele atingiu Jerusalém, ele cercou a cidade e zombou do
Rei Ezequias e do Deus de Israel. Deus agiu. O anjo do Senhor liquidou os soldados
e os oficiais de Senaqueribe. II Cr 32 diz que Senaqueribe deixou um relato sobre
esse evento esculpido nas pedras, o qual testifica o que Deus fez nesse dia em
Israel.

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