TEMAS
A BÍBLIA E SUAS ORIGENS
17-Jun-2023
By: Biblia em Bytes
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Quais foram os caminhos que as Escrituras que temos por Sagradas percorreram até chegarem às
nossas mãos? Quais foram os meios e formas utilizadas por Deus para transmitir,
preservar e guardar as Escrituras? É uma história emocionante e rica em detalhes,
cujo fim nós conhecemos: vem abençoando, salvando, curando, transformando milhões
de vidas pelos séculos a fio! Conheçamos um pouco desta fascinante história!
A inspiração da escritura se encontra em primeiro lugar nos manuscritos originais
Como poderemos conhecer à Deus, ou saber sua vontade para nossas vidas? Isso não é possível,
a menos que Ele próprio se revele a nós! Se Ele próprio não nos informa,
nunca poderemos saber com certeza as respostas às perguntas que a nós,
como seres humanos, mais nos importam. Aqui é importante ressaltar que
a Bíblia se nos apresenta como sendo a revelação escrita de Deus. Pretende
ser o livro no qual Deus nos dá as respostas às grandes perguntas que
preocupam a nossa alma, questões que toda a sabedoria e a ciência dos
homens é incompetente para solucionar com qualquer grau de certeza.
A Bíblia declara
acerca de si mesma que é a revelação especial de Deus; temos portanto de reconhecer
que reivindica ser o verdadeiro tipo de fonte de onde se deriva um conhecimento
de verdade religiosa digno de confiança. Chega às nossas mãos com a asserção
que as palavras vêm do próprio Deus: "Assim diz o Senhor". Se Deus existe, e
se se preocupa pela nossa salvação, esta é a única maneira (fora de uma revelação
divina direta a cada indivíduo de cada geração sucessiva) que poderia, de maneira
certeira, transmitir esse conhecimento para nós. Tem de ser através de algum
registro escrito, exatamente aquilo que a Bíblia é, segundo seu próprio testemunho2.
A inspiração que defendemos é das palavras originais, hebraicas, e gregas, escritas
pelos profetas e apóstolos.
1) - Não há dúvida que há algumas outras escrituras religiosas que fazem a mesma reivindicação acerca de si mesmas, tais como o Corão e o Livro de Mórmon. Deve-se reconhecer, porém, que estes documentos não possuem as credenciais que autenticam a Bíblia como registro verdadeiro da revelação divina. Mais notadamente falta-lhes a validez que se comprova pela profecia anterior a seu subsequente cumprimento, e pela presença em todas as suas partes do Redentor humano e divino. O Livro do Mórmon é enfraquecido pelas muitas inconsistências e inexatidões; o Corão, que alegadamente foi ditado por um arquétipo coeterno com Alá, exibe não somente os mais estranháveis erros históricos, mas também pontos de vista mutáveis dum autor humano (Maomé), à luz dos acontecimentos do seu dia. Não há comparação entre a Bíblia e estes livros quando se trata da grandeza e da clareza dos pensamentos que transmite, e do poder que exibe ao penetrar na alma humana com consequências que transformam vidas.
2) - O que se pode dizer acerca da tradição oral? Não há a possibilidade de a verdade infalível de D'us ter sido transmitida de boca em boca durante sucessivas gerações? Sim, pode ter acontecido assim, e não há dúvida que algumas porções da Bíblia foram conservadas assim até chegar à sua forma autoritativa e final, por escrito. Mas a tradição oral é necessariamente instável de natureza e sujeita a alterações por causa do fator subjetivo: a memória incerta do guardião daquela tradição. O legado de fé foi transmitido oralmente durante milênios desde Adão até Moisés, na sua maior parte, mas a forma final escrita, lavrada por Moisés, deve ter sido especialmente supervisionada pelo Espírito Santo, para assegurar a sua divina veracidade. As próprias Escrituras dão considerável ênfase ao seu estado escrito, e raramente imputam divina veracidade a mera tradição oral. Embora seja verdade que as palavras pronunciadas por Moisés, os profetas, Jesus e os apóstolos fossem divinamente autorizadas desde o momento de terem sido pronunciadas, não havia outra maneira de conservá-las com exatidão a não ser pela escrituração (i.é., registrando-as por escrito sob a orientação do Espírito Santo).
3) - "Desde o começo, embora creiamos que na Galiléia e entre os seus íntimos nosso Senhor falava em aramaico, e embora saibamos que algumas de suas últimas palavras na cruz foram pronunciadas naquela língua, no seu ensino público, suas discussões com os fariseus e sua fala com Pôncio Pilatos, foram realizadas principalmente em grego".
Deve-se notar que há dois processos:
I -Transmissão das Escrituras
II -Tradução das Escrituras
I - A Transmissão
Podemos ver a providência de Deus na Transmissão do Texto. O fato é que as Escrituras
que possuímos não são manuscritos originais, até são cópias das cópias,
e muitas vezes estes documentos que possuímos diferem entre si. Será que
podemos confiar no texto? Podemos confiar na inerrância dum texto que
até tem corrupções? Se Deus tomou o cuidado de garantir a inerrância do
texto original, porque permitiu que sofresse corrupção? Vamos ver a evidência,
duma maneira bem resumida, rapidamente. Os manuscritos mais antigos que
existem de trechos longos do Velho Testamento, datam de 850 depois de
Cristo. Existem porém partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash
do segundo século da era cristã.
Porém, em 1947, a maior descoberta foram os manuscritos do Mar Morto, quando uma cópia completa
de Isaías, fragmentos de Genesis, Levítico, Deuteronômio e Juízes foram encontrados.
Estes manuscritos datam do século 1° ou 2° no máximo. Temos evidência indireta que vem da versão
grega do Velho Testamento, a Septuaginta, que vem do 3° século AC, e o Pentateuco
Samaritano, do 4° século, possivelmente. Há diferenças entre este texto e o
texto hebraico, mas, são de pouca importância. Existe uma versão chamada a Hexapla
de Origínes que consistia de seis colunas paralelas, das quais a primeira dava
o texto hebraico e a segunda a sua transliteração para caracteres gregos. A
versão siríaca era usada pela Igreja na Síria, e desde o século nono de nossa
era vem sendo conhecida como Pesita (em siríaco, pshittâ) ou tradução "simples".
Além disso, existem os Targuns, e outras fontes, que não mencionamos.
Temos os Códices - O Vaticano (325-350) tem a maior parte do Novo Testamento,
além do Velho Testamento.
O Códice Sinaítico (375-400) que tem o Novo Testamento completo, mas falta
partes do Velho Testamento. O Códice Alexandrino (450 DC) que só tem o Novo Testamento. As Versões Latinas
- A mais antiga é a Versão do Latim, Antigo de Utala, (cerca de 200 DC),
que era a tradução da Septuaginta. A Vulgata de Jerônimo (390-405 DC) uma
tradução primeiramente da Septuaginta e finalmente do hebraico. Existem
também outras versões como a Siríaca do século 2° ou 3°.
A Cóptica do 2° século, Etióptica do século 4° e a Armênia do 5° século DC.
Fizemos um estudo bem resumido, e escolhemos apenas algumas fontes para revelar o fato
que a nossa herança é riquíssima; e não estamos confiando em apenas um ou dois
manuscritos, mas em muitos documentos, que reunidos e comparados não revelam
nada que exigiria a modificação da doutrina cristã. No caso de Novo Testamento,
há na atualidade, cerca de 4.000 manuscritos gregos que contém o Novo Testamento
no todo ou em parte. Quando comparamos a situação do Novo Testamento, com a
matéria de evidências manuscritas para outras obras de antigüidade, vemos quão
rico é o Novo Testamento. Das Guerras Gaulezas de César, escrito entre 58 a
50 AC, existem vários manuscritos, mas apenas nove ou dez são valiosos, e o
mais antigo data de 900 anos após o guerreiro. Dos 142 livros da História Romana
de Lívio (59 AC a 17 DC), sobrevivem apenas 35, estes nos são conhecidos a base
de não mais de vinte manuscritos de algum valor, e apenas um fragmento que vem
do século 4°. Dos 14 livros da História de Tácito (cerca de 100 AD), apenas
quatro e meio sobrevivem, dos 16 livros dos seus Anais, restam 10 completos
e 2 fragmentos. O texto destas porções remanescentes das duas grandes obras
históricas, dependem inteiramente de dois manuscritos, um do século 9° e outro
do século 11°. Vamos ver o veredicto pronunciado por Sir Frederic Kenyon estudioso
cuja autoridade para emitir juízos quanto a manuscritos antigos, não havia superior:
"O intervalo então entre as datas da composição original, é a mais antiga evidência
existente, se tornarão tão reduzido, de sorte a ser praticamente desprezível,
e o derradeiro fundamento para qualquer dúvida de que nos hajam as Escrituras
chegado às mãos substancialmente como foram escritas, agora não mais persiste.
Tanto a autenticidade quanto a integridade geral dos livros do Novo Testamento
se podem considerar como firmados de modo absoluto e final" - The Bible and
Archeology.
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